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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

FÉRIAS (I episódio)

A PEDALAR PELA COSTA VICENTINA

Esta, foi a primeira saída nas minhas férias, já era fim de tarde quando comecei a pedalar,mas com um trilho fisgado à uns dias atrás quando passei por ele de carro. Coloquei o GPS e bora lá ver no que dá.
Os primeiros cinco quilómetros foram estrada inevitável, para depois entrar em trilho com uma ligeira subida mas dificultada pelo famoso piso Algarvio, muita pedra e muito pó característico nesta altura.
Comecei com poucos quilómetros a ver um marco geodésio, pedalei até lá mas, antes dei por um trilho à minha esquerda que ia no sentido de uma praia bastante longe, "é por ali mesmo que quero ir", mas continuei em frente para dar com o fim do trilho numa falésia e a praia da Arrifana bem lá em baixo "LINDO!"
Depois, de largos minutos alimentar-me com a paisagem segui para o tal trilho com o azul do mar a desaparecer e parecer da minha mira pela constantes descidas e subidas mas completamente embalado pela beleza das paisagens ao ponto do GPS não ter qualquer importância para aquilo que queria fazer. Eu só queria chegar a tal praia.
Depressa, o carrocel desaparece para dar lugar a uma subida com alguma dureza e bem no topo aparece tudo aquilo que um bttista (na minha opinião) gosta, uma brutal descida com direito a uma paisagem deslumbrante e com um prémio um mar azul para refrescar porque o calor era forte apesar de andar sempre por falésia.
Estava, finalmente na praia do CANAL, completamente sozinho num vale e com duas saídas para escolher, foi quando, voltei a lembrar do meu amigo GPS "e agora para onde é?". A primeira hipótese, era um recta e a outra uma subida com o mesma nome do que tinha feito anteriormente. brutal!
Claro, que um gajo com dois dedinhos na testa escolhia o mais facil mas, como não os tenho fui para o mais complicado e como não sou nenhum herói sofri e bem para chegar ao cimo da subida de pouco mais de um quilómetro e com uma inclinação de 16% e algumas partes 20%.
Parei novamente para descansar e olhar o que tinha deixado para trás e confesso que não tinha vontade nenhuma de regressar, por isso comecei a pedalar e afastar da falésia, era o único caminho que tinha de fazer, era um estradão com eucaliptos a delinearem a sombra em contraste com o vermelho do piso. Confesso, que foi nesta altura que senti receio de estar um pouco afastado de casa e sozinho, com medo de acontecer alguma coisa e comecei a pensar no regresso. Procurei no GPS a melhor maneira de regressar a Aljezur, e era por estrada para ser mais rápido.
Mais a frente, encontrei uma casa no meio do nada com uma senhora a dar de comer aos filhos e perguntei a direcção dos dois trilhos que estava à minha frente, "um vai dar a estrada" boa pensei eu"a outra vai dar à praia de Vale Figueira" ainda melhor, era mesmo para onde queria ir antes do regresso. Só posso dizer que até lá foi sempre a descer no meio do pó. ESPECTÁCULO!
O regresso foi por estrada até Aljesur, mas nos últimos seis quilómetros em trilho até a porta de casa.

Esta minha experiência foi das melhores que já tive pelo simples motivo de ter sido feito às apalpadelas sozinho e sem destino mesmo até ao limite o que deu para chegar a casa com a noite à espreita.


Os primeiros kms em asfalto
O inicio do trilho
Arrifana bem ao longe
O tal trilho à esquerda com o mar a chamar por mim
O trilho acaba já aliPara dar isto ARRIFANA


Ai vou eu sempre a descer
e continua.....

Enfim Praia do Canal Ao longe a subida do dia depois da praia do Canal


No fim da subida o que me esperava ainda fazer... ao longe a praia do Vale da Figueira
E para trás o Canal
O trilho em que o receio......
O único rio para refrescar os pés
Já perto de casa


FELIZ POR MAIS UMAS HORINHAS DE BTT EM PLENA DESCOBERTA DE TRILHOS.

1 comentário:

Michel Schanuel Girardi disse...

O seu país é muito lindo! Terras abençoadas, de verdade.
Isso sim é saber aproveitar bem a vida.
Parabéns!