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quinta-feira, 24 de abril de 2008

Minas S. Domingos-Castro Marim

foto:Pedro Mateus

As fotos deste passeio podem ser vista no site http://pedramarela.no.sapo.pt/

Um dia com direito a tudo
Chuva,frio,vento,sol,trilhos,estradões,grandes descidas subidas,vário rios para atravessar,paisagens serranas simplesmente espectaculares ambiente de grupo de primeira e sem poder esquecer da ementa nas ZA que mais pareciam um banquete.
Mas para mim, para o FG e o Pedro Mateus tudo começou ao fim do dia de sábado com a ida para o Algarve por dois motivos, descansar e parar em Mértola para o habitual DOPING (cozido de grão e umas migas se faz favor).



depois da barriguinha cheia lá fomos para Casto Marim e foram 70kms debaixo de chuva forte prevendo o pior cenário para domingo.



Como no ano anterior, e aproveitando que a chuva tinha feito uma trégua saímos de casa a pedalar até Castro Marim para apanhar o único autocarro para Minas de São Domingos.


Os primeiros contactos enquanto esperava pela hora da partida o que deu para rever alguns amigos e conhecidos destas andanças. "UMA TERRA COM HISTÓRIA" E COM PEDALADA.




ÀS nove, tudo pedalava em Minas com alguma chuva, foi um início com retas, umas atrás das outras, e foi feito com um ritmo elevado fazendo com que a passagem pelas ruínas fosse de fugida. O piso estava bastante pesado e alternava com muita pedra, e com os quilómetos avançar o cenário lunar iam desaparecendo para dar lugar em Salgueiros a uns vales com algumas ruína mas cheio de flor e tudo verde mas, sempre em constante e ligeiro sobe e desce até a famosa descida para o Pomarão que acaba numa ponte para entrar num túnel que faz de fronteira da serra para as habitações do Pomarão. Esta passagem pelo Pomarão é crucial para o passeio poise ser feita de barco dos pescadores locais e como somos muitos deu para descansarem por a conversa em dia. Este é dos locais de passagem mais perto de Espanha.
Feita a travessia do Guadiana, no bote do Sr. Pedro, e com o pequeno almoço tomado na primeira ZA, veio a primeira dificuldade com uma subida (Monte do Vascão) ,curta mas durinha a chegar aos 15% de inclinação para seguir-se cerca de 5 quilómetros em vales com uma maior inclinação no sentido para a zona mais esperada por todos a decida do Vascão que simboliza a passagem territorial do Alentejo para o Algarve e para todos nós a desbunda total. Depois dos pés molhado voltamos a subir subir subir e acabarmos ás 13h em Cortes Pereira para o almoço. foi enquanto almoçávamos que caiu a maior carga de água, o que fez o pessoal abrigar-se dentro do único café perto da carrinha e outros debaixo de uma árvore ehehe.











Depois do almoço, quase todo o percurso iria ser novo em relação ao ano passado, deslocamos mais para o interior para o coração da serra e isso queria dizer que ia ser a parte mais difícil o que subia também descíamos algumas delas com bastante inclinação atingindo 26% . Para agravar, foi nesta altura que a chuva o vento e o frio apareceram com mais força, foi difícil por vezes a lama era tanta que tinha que estar sempre a limpar a cara para poder ver alguma coisa, e era com a água que corria pela pala do capacete que parecia uma torneira.



Foi um período de autêntico teste para todos nós e para as máquinas. Mas o btt é isto mesmo!. A última descida, e a maior, era à chegarmos ao Laranjeiro e voltávamos a estar perto do Guadiana, novo reagrupamento para um single curto junto ao rio e novamente entramos num estradão o que deu para ganhar tempo.




Voltamos afastar novamente do Guadiana, e com o tempo a melhorar, por isso menos perigoso e com o piso mais seco o ritmo era maior mesmo que as pernas estivessem acusar algum cansaço. Com os pés quase secos veio mais um rio (ribeira da foupana) para atravessar, logo a seguir a Corte das Donas (que nome para dar a uma terra). Deu para lavar as bikes e olear a corrente para a parte final. O resto foi feito em estradão a contornar o Guadiana para voltar a travessar o rio em Odeleite.
Já cheirava a missão cumprida quando a organização presenteou-nos aos 80 quilómetros uma autêntica parede que até a penantes custava uff....
Depois disso e com a ponte do Guadiana à vista o grupo reagrupa-se para irmos para a Junqueira e depois em Monte Francisco entrarmos em alcatrão para acabar no estacionamento em Castro Marim.

Nem todos porque os três Pedras ainda tinham mais 9 quilómetros até Monte Gordo.







E por último,O JANTAR outra longa distancia de comida com entrada de salada de ovas, atum e uns camarões, o prato feijoada de javali acompanhado com arroz e para sobremesa salada de fruta e morangos,bolo de bolacha,bolo de chocolate,pudim e acho que estou a esquecer de mais alguma coisa....bem! não faz mal...e para terminar um café. ah! já me lembro as bebidas água, vinho tinto e jarros de cerveja. GRANDE BARRIGADA.



O Minas -Castro Marim, é para todos os que que já participaram como o melhor passeio de BTT ou um dos melhores, e isso tem simplesmente haver como o LEÕES DO SUL organizam. Quando num passeio a mensagem passa "o guia é que mais ordena" é meio caminho para tudo correr bem. Os sucessivos apelos pelos guias sobre o terreno,o cuidados em cada descida, o não deixar ninguém para trás, estarem sempre prontos para arranjarem qualquer avaria e a simpatia de todos é o suficiente para tudo ficar satisfeitos. Para aqueles que tinham algumas dúvidas da boa organização dos Leões do Sul este ano foi a prova que só trabalhando assim é que se conseguia que cerca de 120 participantes chegassem ao fim sem qualquer problema e felizes da vida por mais uma épica feita. Quero agradecer ao Mário Alpiarça e aos LEÕES DO SUL mais uma vez por ter dado um grande dia de BTT

dist. 103.64km em 7h 30m com alt.acumulada 1778 vol. média 14.60





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